segunda-feira, 4 de abril de 2011

A dimensão simbólica entre o homem e a paisagem urbana.

O meio ambiente tornou-se recentemente a bandeira de ONGs e instituições que defendem a sobrevivência das espécies em seus reinos. Atitude louvável, porem é necessário transcender os aspectos legais e conscientizar-se que somos parte integrante deste sistema como seres humanos que convivem com a natureza desde os tempos primitivos.
A escala urbana contempla: a escala do automóvel, do ser humano, dos espaços públicos, edificações, águas, constantes em seu plano diretor, entretanto, infelizmente me parece que a escala do automóvel está em primeiro plano e a escala do ser humano encontra-se em segundo plano, a dimensão simbólica da natureza integrada a do ser humano: harmonia com a paisagem, qualidade de vida, lazer, entre outros, está a cada dia mais distante.
As cidades constituídas pela paisagem urbana, que deveriam ser planejadas por arquitetos e urbanistas com formação acadêmica para projetar o espaço livre urbano como um ser vivo, descaracterizam-se com o resultado da criação de uma cidade distorcida e heterogênea, numa composição caótica, a qual defino “colcha de retalhos”. Dessa forma explica-se problemas urbanísticos dentre eles: enchentes, alagamentos, sistema viário caótico, ocupação de áreas de risco, deficiência de estacionamentos, inexistência de acessibilidade, poluição visual, lixo e elementos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos incompatíveis entre si.
Esclareço que esta análise global é fruto de uma consciência ampliada sobre a formação das cidades que foram dando forma a um desenho distorcido, e hoje sofremos as conseqüências como vemos na mídia.
Considero que a cidade ideal não existe, ela é dinâmica e passível de transformações diárias adequando-se ao ser humano e suas expectativas. Esta é apenas uma reflexão, sendo o assunto muito extenso para ser abarcado plenamente em apenas um artigo.

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