segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Oração do Artista

Senhor, Tú que és o maior do artistas, como das mais belas inspirações, abençoa o meu talento e as minhas obras. Maravilhoso é o dom que me destes na louvada missão de servir-te com alegria, e de exercer o meu trabalho com amor e dedicação. Por isso, agradeço-te por permaneceres sempre comigo. Mesmo incompreendido ou diante de desafios, quero sustentar em minha vocação a energia de vencer e realizar os meus projetos no imenso cenário da vida. Dá-me equilíbrio entre a razão e a emoção, humildade e sabedoria para me aperfeiçoar. Inspira-me, ó Mestre, à criação do novo e do belo. Protege, também, todos os artistas em suas carreiras e gêneros. Faze com que minhas obras contribuam para a construção de teu Reino, e que eu prospere, seguindo teus desígnios, pelos caminhos gloriosos da arte. Amém !

domingo, 20 de janeiro de 2013

A Mitologia Africana Aplicada a Arteterapia no processo de renascimento de um novo Ser.

MONOGRAFIA “A Mitologia Africana Aplicada à Arteterapia no processo de renascimento de um novo Ser”. UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP. CARLOS ANTONIO LOUREIRO Monografia apresentada a Universidade Paulista UNIP – como registro para obtenção do título de Especialista em Arteterapia Aplicada às Artes, Saúde, Educação e Organizações. Orientadoras : Profa. Pós-Dra. Patrícia Pinna Bernardo Profa. Oneide Depret Profa. Lidia Lacava São Paulo 2012. DEDICATÓRIA Ao Grande Arquiteto do Universo por mais uma vez me possibilitar cumprir uma jornada de minha alma. A Olorum, Oxalá e Orixás da Umbanda e suas Entidades, por iluminarem minha mente, me possibilitando paz, serenidade e sabedoria no desenvolvimento deste trabalho. A minha mãe Lúcia Maria Loureiro da Silva “in memorian” por me dar luz e me amparar nos momentos mais difíceis da minha vida. AGRADECIMENTO Agradeço as professoras Pós-Doutora Patrícia Pinna Bernardo, Oneide Depret e Lidia Lacava, pela compreensão e motivação durante o curso considerando os momentos difíceis que precisei superar até chegar a conclusão do curso. Agradeço ao amigo V. M. S. F. pelo espírito de colaboração e pela maneira pela qual se identificou com os procedimentos durante os atendimentos em Arteterapia Aplicada. “Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte para ver a alma” George Bernard Shaw “Se a vida é uma loucura; faça Arteterapia!” Carlos Antonio Loureiro DEPOIMENTO DO CLIENTE “Há tempos eu já sabia qual profissão gostaria de trilhar. Outra que não fosse o Direito, há quase dez anos e não sabia como fazer a transição. A Arteterapia me auxiliou no processo, abrindo e expandindo os horizontes da minha mente, fazendo com que o auto-conhecimento incentivasse cada vez mais a minha decisão e estimulasse a coragem de fazer esta transição entre carreiras tão antagônicas. (Direito e Paisagismo) Agradeço ao Arteterapeuta Carlos Antonio Loureiro que conduziu com serenidade as experiências nas vivências expressivas me fazendo sentir a realidade do paisagismo e a responsabilidade da profissão, porque hoje sei que estou no caminho certo, o paisagismo”. Hoje já estou projetando e executando jardins residenciais e deixei de exercer a profissão de advogado. Agora estou cursando pós-graduação em Arquitetura da Paisagem no Senac Santa Cecília em São Paulo e pretendo seguir a carreira de Paisagista”. V. M. S. F. SUMARIO 1. INTRODUÇÃO 2. METODOLOGIA APLICADA 3. ANÁLISE DE DADOS 4. CONCLUSÃO 5. BIBLIOGRAFIA ABSTRACT The theme to be developed on this monograph has the goal to promote the experience of professional transition change of an attorney lawyer into landscaper professional. The client is 32 years old, born in Fernandopolis city, São Paulo State countryside. He lived his childhood and teenage at his grandparents farm where he worked with cattle and agriculture. It is very important to be clear that the client took Laws studies by his parental will but in fact his will was take agronomy or architecture ones. Clearly by the way, since his teenage the client exposed his desire in professions related to arts and landscape. The client took Laws degree at 22 years old and came to São Paulo when he was 29 years old where worked as attorney lawyer. At the age of 30 he concluded that would not work as attorney because he did not feel fulfilled devoting to this job, then decided to search for the profession he always dreamed of, or better, landscape. The research development and experiences was based on African Mythology, in view of his straight connection with the Nature. 1. INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem por objetivo promover a aplicação de vivências arteterapêuticas fundamentadas na Mitologia Africana afim de estabelecer o processo de transição do cliente na profissão de advogado para a profissão de paisagista. Dessa forma, cada vivência foi relacionada a um Orixá Africano explorando suas potencialidades em relação à natureza e a aplicação ao paisagismo. Neste processo foi fundamental fazer com que o cliente percebesse a relação natureza/paisagismo e as forças atuantes em cada Orixá e sua relação com a natureza, ampliando o foco do paisagismo de uma forma macro, percebendo assim a responsabilidade de se trabalhar com o paisagismo, pois ao lidar com a paisagem estamos promovendo uma intervenção no meio ambiente de proporções maiores do que pensamos. “Um espaço, um pedaço de terra, não é um local virgem. Ele está ali há milhões de anos, um pedaço do planeta que vivenciou ativamente todo tipo de paisagem. Pode ter sido floresta, deserto, sentido a violência explosiva de um vulcão ou até tudo isso e muito mais”. (ARAÚJO, Roberto, 2011, p.175). . “Os Orixás não estão no barracão, eles estão na natureza e na psique dos adeptos, e onde houver natureza e psique ai eles estarão.” (ZACHARIAS, José Jorge de Morais, 1998, p.205). Segundo ZACHARIAS os Orixás estão na natureza e na psique dos adeptos, considerando o exposto, nas vivências arteterapêuticas aplicamos a mitologia africana através da sensibilização a partir de contos de mitos, músicas e vídeos dos Orixás Africanos, como processo de sensibilização do inconsciente antes da aplicação das vivências. “O trabalho a partir de contos visa promover o autoconhecimento e o equilíbrio psicológico através do contato, mediado por recursos arteterapêuticos, com diferentes aspectos da nossa psique (representados na mitologia africana pelos Orixás), atualizando e integrando-os à nossa consciência ao relacioná-los com questões que permeiam a vida do ser humano em seu processo de desenvolvimento.” (BERNARDO, Patrícia Pinna, 2009, p.11). “Como Campbell coloca no vídeo: “O Poder do Mito”, os mitos nos ajudam “na experiência de nos sentirmos vivos, do êxtase da vida, do potencial espiritual da vida humana”, e “cada mitologia e cada religião é uma metáfora do mistério humano e cósmico”. (BERNARDO, Patrícia Pinna, 2009, p.19, p.20). A criação de mandalas foi bastante utilizada como forma de expressão criativa e manifestação de símbolos do inconsciente, deixando fluir conteúdos internos da psique e expressando o momento de vida do cliente. “A mandala, o círculo mágico utilizado em diversas culturas e em rituais de cura, cria um espaço de continência, propício a vivência do sagrado, pois o círculo relaciona as polaridades harmoniosamente. De acordo com Cavalcanti (1998), “a mandala é literalmente um círculo e determina um espaço sagrado como o altar e o templo, de onde emana a energia infinita do sagrado”. (p.218) (apud, BERNARDO, Patrícia Pinna, 2009, p.109) Como observa Zacharias (1998), (...) : “O Orixá participa da natureza, interna e externa ao homem, uma vez que o ser humano faz parte do contínuo da natureza, (...). Segundo Zacharias o Orixá é parte integrante da psique humana e da natureza, é como um arquétipo que permanece adormecido e quando invocado nos terreiros de Umbanda ou Candomblé, manifesta-se em seus rituais sagrados, sempre comandados por babalorixás experientes. “A Abordagem analítica pressupõe uma meta para a psique, um objetivo auto-realizador, Jung afirma que no processo analítico, isto é, no confronto dialético do consciente e do inconsciente constata-se um desenvolvimento um progresso em direção à uma certa meta ou fim cuja natureza enigmática me ocupou durante anos a fio” (Jung, 1991,p.18) (apud, ZACHARIAS, 1998.p.65.) Segundo BERNARDO (2009) “O trabalho sobre nossa mitologia pessoal possibilita o desbravamento de nossas “florestas” internas,(...) (BERNARDO, Patrícia Pinna, 2009, p.13). Quando temos coragem de olhar para dentro e encarar os nossos sonhos mais profundos sonhos descobrimos que deixamos para trás muitas coisas que gostaríamos de ter feito na vida e outras que ainda podemos fazer basta ter atitude de seguir em busca de nossos desejos e tornar realidade aquilo que nos traz felicidade, isso acontece muito no campo profissinal, muitas vezes seguimos um carreira por uma vida toda e mais tarde descobrimos que aquela não era a profissão que nos fazia feliz. “(...) Podemos afirmar que toda mitologia é uma projeção de conteúdos do inconsciente coletivo. “A relação entre o objeto e seu símbolo é uma relação abstrata estabelecida em termos de realidade”. (...) como por exemplo a aquisição lógica da linguagem – até a assimilação de vivências como o nascimento, a natureza, o amor, a morte, dentre outros, que são experiências inerentes à existência humana em todos os tempos e lugares”. (ZACHARIAS, José Jorge de Morais, 1998, p.69). (...) Para que se mantenha a vida há a necessidade de se destruir outras vidas, através da alimentação. A vida se alimenta de vida !” (ZACHARIAS, José Jorge de Morais, 1998, p.120). Segundo ZACHARIAS a vida se renova o tempo todo e há momentos de se fazer escolhas, muitas vezes estamos presos no momento presente e ainda que nos sentimos sufucados seja no trabalho ou por conta de um problema pessoal não conseguimos ter a atitude de ver o novo “o medo do novo e a renovação possível” e então sofremos de stress, ansiedade, depressão. Mudar de profissão à partir de uma certa idade talvez seja uma decisão difícil, mas talvez seja libertadora e o início de um novo ciclo de vida mais feliz e compensador. “(...) Se um indivíduo nasce e mantem-se vivo é devido a forças criativas da natureza, seja de criação e gestação. (...) Para que se mantenha a vida há a necessidade de se destruir outras vidas, através da alimentação. A vida se alimenta de vida !” (ZACHARIAS, José Jorge de Morais, 1998, p.120). O Paisagismo seja ele em micro ou macro escala, ou seja, desde a composição de um vaso até a criação de um parque público exige do paisagista sensibilidade pois está lidando com a natureza e o meio ambiente e onde circularão pessoas que irão compor esta paisagem urbana tornando-a um ser vivo em constante mutação. A responsabilidade do paisagista vai muito além da simples definição das plantas que serão utilizadas nos jardins, mas também com as cores, o mobiliário urbano, a iluminação, o tipo de piso, ou seja, todo o cenário que compõe a paisagem urbana e o meio ambiente. “(...) A cada dia me convenço mais que a jardinagem e o paisagismo são atividades para pessoas especiais. É preciso ter certa nobreza de espírito, um espaço interno livre das mesquinharias do “tudo sou eu e tudo deve ser meu” para que caibam também plantas, ideias e pessoas”. (ARAÚJO, Roberto, 2011, p.170). “Um jardim não foi feito para ser visto no todo. Quando bem realizado deve ser descoberto aos poucos. É como poder olhar o tempo da própria vida como algo coerente e completo, enquanto o que se vive efetivamente é apenas o presente”. (ARAÚJO, Roberto, 2011, p.39). Segundo ARAÚJO um jardim deve ser contemplado em seus pequenos detalhes, saber observar as cores, as texturas das folhas e flores, sentir o cheiro das flores, é um lugar mágico, onde devemos participar da natureza como parte integrante dela na composição da paisagem. “Um jardim não foi feito para ser visto no todo. Quando bem realizado deve ser descoberto aos poucos. É como poder olhar o tempo da própria vida como algo coerente e conpleto, enquanto o que se vive efetivamente é apenas o presente”. (ARAÚJO, Roberto, 2011, p.39). Segundo ARAÚJO (2011) o paisagista deve ter a sensibilidade de perceber a fragilidade das plantas e que elas dependem de nós para tudo. Não basta apenas plantá-las, deve-se cuidar da rega diária, poda na época certa, preparo da terra com adubos adequados, proteção contra pragas e insetos e outros. “As plantas são como as crianças. Pequenas dependem da gente para tudo. A rega diária, o olho sempre acompanhando o desabrochar de cada pequenina folha, o cuidado de preservar contra qualquer perigo, o zelo de manter longe a menor das formigas”. (ARAÚJO, Roberto, 2011, p.169). Segundo ARAÚJO (2011), esqueça o corre-corre e os problemas do cotidiano e lembre-se que existem plantas que tem a mais nobre das funções para o ser humano: alimentar o espírito. Para isso existem uma infinidade de ervas para banhos, ervas para tempeiros para preparar uma refeição saudável com uma horta que pode ser feita em casa, ervas medicinais e outras mais. Aprenda a fazer uso das plantas, de suas cores, texturas, cheiros e traga a natureza para dentro de sua casa e para dentro de si. “A partir desse momento, não se apresse mais. Esqueça o corre-corre e os problemas do cotidiano. Existem plantas com as mais diversas utilidades – as que alimentam, purificam o ar, são usadas em construção, móveis, papel - ; que determinaram uma dependência que vem desde os primórdios da humanidade. Mas um grupo delas tem a mais nobre das funções para o ser humano: alimentar o espírito.” (ARAÚJO, Roberto, 2011, p.193). 2. METODOLOGIA APLICADA O tema a ser desenvolvido nesta monografia tem por objetivo promover a vivência do processo de transição da mudança de profissão do cliente advogado para ingressar na profissão de paisagista. O cliente tem 32 anos de idade, nasceu na cidade de Fernandópolis, interior do Estado de São Paulo. Conviveu sua infância e adolescência na fazenda dos avós onde lidava com gado e agricultura. É importante ressaltar que o cliente cursou a faculdade de Direito por imposição dos pais, mas sua vontade na realidade era cursar faculdade de agronomia ou arquitetura. Dessa forma fica claro que o cliente manifestava desde a adolescência o desejo de profissões relacionadas às artes e ao paisagismo. O cliente formou-se em Direito com 22 anos de idade e veio para São Paulo com 29 anos de idade onde exerceu a profissão de advogado. Aos 30 anos de idade o cliente concluiu que não desejava mais exercer a profissão de advogado, pois não se sentia realizado exercendo tal profissão o que o fez decidir sair em busca da profissão que sempre desejou, ou seja, o paisagismo. Cliente e Arteterapêuta conheceram-se na Maçonaria e conversando a respeito da possibilidade de mudança de profissão surgiu o interesse do cliente em experimentar o processo de Arteterapia como forma de explorar as possibilidades e os aspectos psicológicos que poderiam surgir durante a fase de mudança da profissão, iniciando-se assim a elaboração de um projeto de atendimento arteterapêutico composto de 12 vivências, sendo uma a cada semana, durante 3 horas. Considerando que a proposta principal deste projeto é o paisagismo integrado à natureza em seus aspectos micro e macro, onde o paisagismo pode ser explorado desde a criação e composição plástica de um simples vaso decorativo até a recuperação ambiental de uma área de preservação ambiental degradada, visualizamos aí um grande potencial de energias a serem exploradas, e desta forma concluí que a Mitologia Africana seria uma base de pesquisa bastante significante tendo sido introduzida como vetor direcional em todas as vivências elaboradas, e bem aceita pelo cliente, identificando-se com os mitos dos orixás africanos. Desta forma foi criado um projeto arteterapêutico composto de 12 vivências conforme relacionadas a seguir: Vivência 1 – Mandala - Mitologia Africana. Vivência 2 – Criação do jardim interior - Orixás Oxossi e Oxumaré. Vivência 3 – Despertando a energia interior – Orixá Ogum. Vivência 4 – Criação de mandala de sementes – Orixá Ossaim. Vivência 5 – Dramaterapia – (Exu) Zé Pelintra. Vivência 6 – A camisa do paisagista – Orixá Iroko. Vivência 7 – Jardim de cactus – Orixá Exu. Vivência 8 – O vaso de ervas e os perfumes alquímicos – Orixá Ossaim. Vivência 9 – Filtro Solar – Orixá Oxalá. Vivência 10 – Projeto e execução de um orquidário. Criação de uma fonte – Orixá Oxum. Workshop a Vila de Paranapiacaba. 3. ANALISE DE DADOS VIVÊNCIA 1 - MANDALA - MITOLOGIA AFRICANA. SENSIBILIZAÇÃO Vídeo: Como é grande e bonita a natureza (Clara Nunes, 1982) Andorinha é a presa do picanço Beija-flor todo dia a flor beija E a pequena floresta onde eu descanso É um mundo de fera e de presa Quero muito zelar pela pureza Pelo rei, pela fada, pelo santo Escondendo na mata o meu espanto Como é grande e bonita a natureza Oiê,oiê,como é grande e bonita a natureza Oiê,oiê,como é grande e bonita a natureza Eu me chamo João, Joana chama Pra mostrar verdes olhos, verde queixa Pra plantar minha crença galopando Quero sol, quero chuva que despeja Minha força taí nessa peleja No rastejo arrastado do meu chão Vou fazendo do mote o meu refrão Como é grande e bonita a natureza Oiê,oiê,...etc. O cometa que passa vai passando E a estrela do norte pestaneja Zelação pelo céu alumiando No clarão da manhã a noite fecha Minha sorte no meio dessa riqueza Meu desejo, meu sonho, meu sertão Meu inverno e a promessa de um verão Como é grande e bonita a natureza Oiê,Oiê,...etc. Eu sou feito da força do remanso A paulada no couro me desfecha No momento da fome eu me avanço Pra comer como tudo que me deixa A coragem embarcou nessa afoiteza Minha sede abre a boca num rasgão Que não sofra por mim, viu meu irmão Como é grande e bonita a natureza COMPOSIÇÃO DA MANDALA Após a sensibilização foi posto a disposição do cliente um círculo de 30 cm de diâmetro em papel cartão e diversos materiais naturais como sementes, gravetos, folhas e flores secas, cola gliter, além de revistas para recortes para criação da mandala. O cliente contornou a mandala com as sementes de lentilha dizendo sentir proteção e sensação de prosperidade, na parte inferior da mandala colou a imagem de um templo maçônico simbolizando sua crença num ser superior e finalizando a composição colou os demais elementos da natureza. Concluindo disse ter sentido harmonia e proteção durante o desenvolvimento da vivência além de equilíbrio e paz interior. O cliente ofereceu a mandala ao Orixá Oxalá como símbolo de agradecimento. Imagem 1 – Composição da mandala criada pelo cliente. Imagem 2 – Cartas do tarô dos Orixás . Após a criação da mandala foi jogado o tarô dos Orixás onde sairam da esquerda para direita: Oxalá, Oxossi e Omulu. Interpretamos (cliente e Arteterapêuta) que o objetivo do cliente em tornar-se paisagista está sob a proteção de Oxalá. Oxossi vêm simbolizando os elementos da natureza pertinentes ao paisagismo, neste caso, Omulu pode simbolizar o desgaste psíquico que poderá ocorrer durante o processo de transição de uma profissão para outra. “A atividade plástica, aliada ao trabalho de compreensão intelectual e emocional, facilita o processo evolutivo da personalidade como um todo. Ao dar livre curso as expressões das imagens internas, o ser humano, ao mesmo tempo em que as modela, transforma a si-mesmo. Ao conhecer aspectos próprios, recria-se, educa-se e, sobretudo, pode experimentar inserir-se na realidade de uma maneira nova”. (ARCURI, Irene Gaeta, DIBO, Monalisa, 2010 p. 27,). “A mandala, o círculo mágico utilizado em diversas culturas e em rituais de cura, cria um espaço de continência, propício a vivência do sagrado, pois o círculo relaciona as polaridades harmoniosamente. De acordo com Cavalcanti (1998), “a mandala é literalmente um círculo e determina um espaço sagrado como o altar e o templo, de onde emana a energia infinita do sagrado”. (p.218) (apud, BERNARDO, Patrícia Pinna, 2009, p.109) VIVÊNCIA 2 – CRIAÇÃO DO JARDIM INTERIOR - ORIXÁS OXOSSI E OXUMARÉ ORIXÁ OXOSSI Psiquê dos filhos de Oxossi. “São pessoas que nasceram para a liberdade. São inteligentes, meigas, inteligentes, cultas,acomodadas, sensíveis. Os regidos por Oxossi tem um quê de artista em tudo aquilo que fazem e são amantes da fartura e do exagero”. (BARCELLOS, Mário César, 1997, p.21). ORIXÁ OXUMARÉ Psiquê dos filhos de Oxumaré. “Divididos entre as famílias de Dã, Bessém e Angorô, os regidos por este Orixá são dotados por incrível capacidade de adaptação a qualquer tipo de situação. Despachados, astutos, inteligentes e observadores, os filhos de Oxumaré estão em constante movimento e não se deixam prender por nada, a não ser por aquilo que realmente lhes interessa. São estudiosos e difíceis de se entender, e seu círculo de amizades, se aparentemente é grande, no íntimo é bem pequeno e seleto.” (BARCELLOS, Mário César, 1997, p.28). Imagem 3 – Jardim criado em base de vaso e materiais: argila, pedras de cachoeira, galhos de árvores, folhas e flores secas, areia do mar, potes com água do mar , conchas do mar. SENSIBILIZAÇÃO No procedimento de sensibilização foram utilizados: a música Disparada, de Sérgio Reis. Um vídeo com a oração de São Francisco de Assis e a música Meu Jardim de Vander Lee. “Outra atividade que utilizo para facilitar a constituição do espaço arteterapêutico como um espaço acolhedor e o contato com o mundo interno, e que também proporciona a obtenção de informação diagnósticas é a criação de um jardim (BERNARDO, 2006 b)”. (BERNARDO, Patrícia Pinna, 2008, p.36). “O mito de Oxosse nos mostra a importância do contato com nossas florestas internas (com o inconsciente) para alimentarmos de várias formas a nossa vida psíquica (com objetivos, sonhos, perspectivas, conhecimento, auto-conhecimento...), pois é do inconsciente que a consciência extrai o alimento (energia psíquica) para o seu crescimento e expansão(...) “ (BERNARDO, Patrícia Pinna, 2009, p.57). Vídeo Meu Jardim – Cantor Vander Lee. Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho Estou podando meu jardim Estou cuidando bem de mim Vídeo Disparada – Cantor Sérgio Reis Prepare o seu coração Prás coisas Que eu vou contar Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão E posso não lhe agradar... Aprendi a dizer não Ver a morte sem chorar E a morte, o destino, tudo A morte e o destino, tudo Estava fora do lugar Eu vivo prá consertar... Na boiada já fui boi Mas um dia me montei Não por um motivo meu Ou de quem comigo houvesse Que qualquer querer tivesse Porém por necessidade Do dono de uma boiada Cujo vaqueiro morreu... Boiadeiro muito tempo Laço firme e braço forte Muito gado, muita gente Pela vida segurei Seguia como num sonho E boiadeiro era um rei... Mas o mundo foi rodando Nas patas do meu cavalo E nos sonhos Que fui sonhando As visões se clareando As visões se clareando Até que um dia acordei... Então não pude seguir Valente em lugar tenente E dono de gado e gente Porque gado a gente marca Tange, ferra, engorda e mata Mas com gente é diferente... Se você não concordar Não posso me desculpar Não canto prá enganar Vou pegar minha viola Vou deixar você de lado Vou cantar noutro lugar Na boiada já fui boi Boiadeiro já fui rei Não por mim nem por ninguém Que junto comigo houvesse Que quisesse ou que pudesse Por qualquer coisa de seu Por qualquer coisa de seu Querer ir mais longe Do que eu... Mas o mundo foi rodando Nas patas do meu cavalo E já que um dia montei Agora sou cavaleiro Laço firme e braço forte Num reino que não tem rei VIVÊNCIA 3 – DESPERTANDO A ENERGIA INTERIOR – ORIXÁ OGUM Imagem 4 – Jardim em forma de mandala. A vivência do jardim interior foi pensada de forma a resgatar memórias da infância do cliente que viveu boa parte de sua infância na fazenda dos avós, resgatando conteúdos psíquicos a serem explorados na composição do jardim. A sensibilização com a música Disparada de Sérgio Reis fez com que o cliente chorasse muito durante a música, após ele explicou que esta música era como um símbolo de sua infância e sempre a ouvia quando necessitava ativar energia interior mesmo quando distante de sua família em Fernandópolis, foi um exemplo de sincronicidade, pois a música foi escolhida sem que o Arteterapêuta soubesse desta história. A música Meu Jardim de Vander Lee desperta para a necessidade de cuidar de si-mesmo, de seu próprio jardim interior e a Oração de São Francisco de Assis é uma homenagem a natureza e ao jardim que seria criado. O jardim interior criado em forma de mandala possibilitou ao cliente remeter-se à infância em Fernandópolis, resgatando conteúdos psíquicos até então adormecidos, o convívio com os avós, a fazenda, o gado, a agricultura, enfim, toda uma infância intimamente conectada a natureza e que no momento da vivência foi despertada. ORIXÁ OGUM Psiquê dos filhos de Ogum “Pelas próprias características deste Orixá, vemos que seus filhos são sempre pessoas valentes e destemidas, em busca de novos objetivos, novos caminhos. São pessoas perspicazes, objetivas, corajosas. Entretanto as qualidades do Orixá apontam diferenças que veremos a seguir. Outras inúmeras qualidades existem, mas, no cômputo geral, aqui foram colocados tipos de Oguns que representam os elementos Terra, Água e Ar, o que dá uma visão ampla das características dos filhos destes Orixás. Ogum Xoroquê, Ogum Já, Ogum Oares, Ogum Aiaká.” (BARCELLOS, Mário César, 1997, p.16,17,18). SENSIBILIZAÇÃO O procedimento de sensibilização para a vivência despertando a energia interior foi conduzida trabalhando o elemento fogo, característico do Orixá Ogum. Para isso procedeu-se o aquecimento de um facão no fogo da lareira, simbolicamente usado para abrir caminhos na mata para o Orixá Oxossi. “De espírito guerreiro, impulsivo e desbravador, Ogum abre com sua espada caminhos na mata, desvirginando-a sendo um pioneiro e trazendo sempre de suas viagens e conquistas riquezas para a humanidade, expandindo os seus limites e sempre iniciando novas empreitadas”. (BERNARDO, Patrícia Pinna, 2009, p.48). “No Sudeste, Ogum é identificado na figura guerreira e viril de São Jorge da Capadócia, que possui na religiosidade popular a função de protetor contra os inimigos e demandas. Neste sentido, Ogum tornou-se um dos Orixás mais populares na Umbanda”. (BERNARDO, Patrícia Pinna, 2009, p.150). Imagem 5 – Forjando o facão, elemento fogo. Imagem 6 – Criando o cartaz Jornada do Herói com colagens de recortes de revistas e materiais diversos. Posteriormente à sequência da vivência foi proposta a criação de um cartaz com o tema a Jornada do Herói, onde o cliente expressou através de diversos materiais acima citados, sua transição da profissão de advogado para paisagista. Neste caso, optamos por usar a mitologia do Orixá Ogum pois além de ativar energias interiores, ele abre caminhos, simbolicamente para o cliente a abertura de caminhos para uma nova possibilidade profissional relacionada ao paisagismo. Imagem 7– Composição em painel de óleo sobre tela e materiais reciclados criando a imagem do Orixá Ogum. Em continuação a vivência foi proposta a composição de um painel de 50x40 cm utilizando-se materiais reciclados simbolizando o Orixá Ogum como forma de livre expressão e agradecimento ao Orixá pela vivência realizada. VIVÊNCIA 4 – CRIAÇÃO DE MANDALA DE SEMENTES – ORIXÁ OSSAIM ORIXÁ OSSAIM Psiquê dos filhos de Ossaim “Os regidos por este Orixá são dotados ou, até mesmo superdotados, de poderes paranormais. São extremamente sensíveis e portadores de grande mediunidade. As qualidades conhecidas de Ossaim não se fundamentam com muitos Orixás dando, por isso,uma unidade, uma maneira relativamente uniforme de comportamento aos seus filhos.” (BARCELLOS, Mário César, 1997, p 26). SENSIBILIZAÇÃO A sensibilização para a vivência criação de mandala de sementes, foi feita a partir do conto do mito do Orixá Ossaim, (PRANDI, Reginaldo, 2001, p. 150,...p.161) e da apresentação do vídeo Salve as Folhas, com a cantora Maria Bethânia. Imagem 8 - Materiais utilizados na composição da mandala de sementes : papel cartão, sementes diversas : milho, girassol, feijão, arroz, lentilha, avelã, cola gliter de diversas cores, cola branca. Imagem 9 – Composição da mandala, ao centro vaso com feijão brotando. Imagem 10 – Semeando as sobras de sementes no quintal ao lado do espaço arteterapêutico. VIVÊNCIA 5 – DRAMATERAPIA – (EXU) ZÉ PELINTRA SENSIBILIZAÇÃO Vídeo com a música O Cio da Terra em duas versões, o primeiro vídeo mostrando a relação do paisagismo de uma forma macro e o segundo vídeo mostrando o paisagismo de uma forma micro. Vídeo: Cio da Terra : Cantor Chico Buarque. Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do pão E se fartar de pão Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a doçura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra, a propícia estação E fecundar o chão Essa vivência o advogado x paisagista foi pensada de forma a sensibilizar o cliente para o processo de rompimento com a profissão de advogado e o renascimento para a profissão de paisagista surgindo assim um novo ser, tendo em vista que este novo ser que surge não é apenas o profissional, mas o ser humano em sua totalidade. Foi escolhido o Orixá (EXU) Zé Pelintra, pois ele representa a polaridade, transita entre os polos e sua energia possibilita experimentar os dois aspectos daquilo que se pretende explorar na vivência, ou seja, no primeiro momento a imagem do advogado sério e introvertido e no segundo momento o rompimento e a transformação no paisagista alegre e de comportamento extrovertido. ZÉ PELINTRA Psiquê do (EXU) Zé Pelintra “Sua iconografia é a de um homem jovem mulato, com terno de linho branco, chapéu panamá branco, gravata branca, camisa de seda vermelha, e sapatos vermelho e branco ou preto e branco, e geralmente carrega uma bengala branca. Especialista em negociações com o submundo da malandragem social, muitas vezes serve de intermediário entre níveis sociais diferenciados (...) Zé Pelintra torna-se intermediário entre entidades de luz e sem luz. Zé Pelintra é entendido como peralta, travesso e bem aprumado por Cacciatore (1977) ( apud, ZACHARIAS,1998, p. 44,45). O ADVOGADO Foi proposta a dramatização da profissão de advogado, onde o cliente deveria em 20 minutos preparar um documento de habeas corpus para um cliente que supostamente havia cometido um assassinato em legítima defesa e encontrava-se preso. No entanto, em conversa com o pai do assassino simbolicamente presente, soube-se que o assassinato foi por causa do uso de drogas, o que gerou uma grande pressão emocional no advogado que optou em não aceitar o caso, sendo este o limite de stress emocional, rompendo com sua profissão, despindo-se da camisa de advogado e atirando-a longe, num gesto simbólico de liberdade. Imagem 11 – Dramatizando a profissão de advogado. Imagem 12 – Dramatizando o stress e rompimento com a profissão de advogado. O PAISAGISTA Na vivência “O paisagista” o cliente experimentou as possibilidades de aplicar a profissão de paisagista em escala micro, ou seja, decorou a mesa do jardim de inverno com um arranjo de flores e disposição dos objetos de ornamentação, criando um ambiente esteticamente agradável. Em continuidade, preparou um vaso para o plantio de uma bromélia imperial para compor o jardim de inverno. Participou de todo o processo, desde o preparo da terra, preparação da planta com poda de folhas antigas e plantio utilizando substrato específico para bromélias. Esta vivência proporcionou ao cliente por em prática a profissão de paisagista intervindo no espaço de um jardim de inverno, obtendo um bom resultado. Imagem 13 – cliente plantando uma muda de romã. Imagem 14 – cliente preparando a terra para plantação. VIVÊNCIA 6 – A CAMISA DO PAISAGISTA – ORIXÁ IROKO SENSIBILIZAÇÃO A sensibilização para a vivência “A camisa do paisagista – Orixá Iroko” foi realizada com o conto do mito do Orixá Iroko” (PRANDI, Reginaldo, 2001, p.161...p.171). ORIXÁ IROKO Psiquê dos filhos de Iroko “Os filhos de Iroko são pessoas controvertidas, contraditórias. Talvez por isso esbarremos num paradoxo nunca foi tão difícil e tão fácil falar do temperamento dos regidos por um Orixá. Estão lá, estão cá, Dormem muito, tem insônia. São rabugentos, são alegres. São perigosos, são confiáveis. Os filhos de Iroko são verão (quentes e atiçados), outono (indiferentes e calados), inverno (frios e calculistas) e primavera (apaixonados e esperançosos). Tem opinião, mas geralmente não sabem qual. Foi, de todos os Orixás pesquisados, o mais difícil de se classificar, dada a diversidade de seu comportamento.” (BARCELLOS, Mário César, 1997, p 63). Imagem 15 – Criando a imagem de Iroko na camisa de advogado. Imagem 16 - Orixá Iroko representada na camisa do advogado. VIVÊNCIA 7 – JARDIM DE CACTUS – ORIXÁ EXU SENSIBILIZAÇÃO A sensibilização para a vivência “Jardim de Cactus – Orixá Exu” foi feita com o conto do mito do Orixá Exu. (PRANDI, Reginaldo, 2001, p.42...p.83) ORIXÁ EXU Psiquê dos filhos de Exu Ao contrário do que se pensa, Exu é um Orixá. Evidentemente, não estamos falando de sua falange, a cujos membros chamamos de Exu Mangueira, Exu Caveira e Exu Mirim, entre outros. Estamos aqui falando da força da natureza, ao Orixá Exu. Aqueles que são regidos por Exu apresentam uma personalidade muito marcante e um comportamento cotidiano muito diverso do comum. Severas em tudo e por tudo, são pessoas severas ao extremo e perfeccionistas”. (BARCELLOS, Mário César, 1997, p. 14). A criação do jardim de cactus foi planejado de forma a trabalhar as energias do Orixá Exu, buscando uma forma de simbolicamente ativar o fluxo de energia interna, neste caso especificamente do cliente e do ambiente onde foi planejado o jardim, ou seja, o espaço embaixo da escada, que era escuro, sombrio, usado como depósito de materiais o que causava a sensação de um ambiente com energias negativas. Os cactus foram escolhidos pois na Mitologia Africana, esta planta é utilizada para reverenciar o Orixá Exu, simbolicamente o jardim de cactus é uma oferenda a Exu. Além dos cactus foram usados também dois vasos de lírio da paz como símbolo de energia positiva. As paredes do ambiente foram pintadas na cor laranja e o piso na cor terracota, este ambiente serve ainda como depósito para o botijão de gás, ou seja, todos os elementos e cores estão associados ao elemento fogo. Após a criação do ambiente o cliente sentiu-se muito bem e alegre pois teve a oportunidade de intervir diretamente em um projeto paisagístico e transformando um ambiente anteriormente escuro e negativo num ambiente agradável e positivo, além de esteticamente agradável. Imagem 17 – Jardim de cactus projetado e criado pelo cliente. VIVÊNCIA 8 – O VASO DE ERVAS E OS PERFUMES ALQUÍMICOS – ORIXÁ OSSAIM ORIXÁ OSSAIM Psiquê dos filhos de Ossaim “Os regidos por este Orixá são dotados ou, até mesmo superdotados, de poderes paranormais. São extremamente sensíveis e portadores de grande mediunidade. As qualidades conhecidas de Ossaim não se fundamentam com muitos Orixás dando, por isso,uma unidade, uma maneira relativamente uniforme de comportamento aos seus filhos.” (BARCELLOS, Mário César, 1997, p 26). SENSIBILIZAÇÃO Com o cliente sentado em uma cadeira reclinável, luz azul no ambiente e música da cantora Ênia (dentro do mar tem rio) foi conduzida a visualização criativa conforme descrito: Relaxe o seu corpo, e controle sua respiração, expire-inspire suavemente, deixe a mente e o corpo relaxar suavemente. Agora imagine-se na entrada de uma floresta encantada onde encontrará seres da floresta que lhe receberão de forma acolhedora. Continue caminhando pela floresta e lá adiante visualizará uma pequena casa que pela distância ainda não lhe é possível observar detalhes. Agora, estando mais próximo da casa, perceberá que ela é feita de taipa e à sua entrada encontra-se um velhinho, sentado numa cadeira de balanço, que lhe faz um sinal para que aproxime-se. Então, mais confiante, você aproxima-se e percebe que acima da porta existe uma placa de madeira onde está escrito “ O sábio da Floresta “. Você observa aquele velhinho e nota que ele está vestido com um manto verde/marrom, repleto de folhas, pássaros e borboletas que pousam sobre ele continuamente, é um ser mágico, uma figura enigmática. Você se aproxima e o velhinho lhe diz: seja bem-vindo à minha morada, e convido-o a conhecê-la, vamos entrar? Meio com receio você entra, e ao adentrar a casa uma grande surpresa, é um ambiente diferente de tudo o que você já havia visto antes, repleto de elementos que no primeiro momento lembram lhe uma farmácia alquímica. O velho sábio da floresta lhe oferece três perfumes mágicos que deverão ser usados somente por você afim de proporcionar o seu bem estar. O primeiro pote é o da paz e deve ser feito com a mistura das ervas de manjericão, hortelã e trevo. O segundo pote é o da saúde e deve ser feito com a mistura das ervas de manjericão, orégano e alecrim. O terceiro pote é o da prosperidade e deve ser feito com a mistura das ervas de manjericão, trevo e flor de jasmim-manga. Você agradece ao velho-sábio da floresta e despede-se, fazendo o seu caminho de volta para o ambiente de onde você partiu, abre os olhos e sente-se em paz .(LOUREIRO, Carlos Antonio, 2012). Imagem 18 – Vaso de ervas criado com as ervas da visualização criativa. Imagem 19 – Potes de vidro com pedras coloridas onde serão colocados os perfumes alquímicos preparados conforme a visualização criativa. PREPARAÇÃO DOS PERFUMES ALQUÍMICOS “MÁGICOS” O primeiro pote (pedra branca) é o da paz e deve ser feito com a mistura das ervas de manjericão, hortelã e trevo. Deve ser feito macerando-se as ervas e depois coando com uma peneira, utilizando-se a essência das ervas onde será adicionado álcool. O segundo pote (pedra verde) é o da saúde e deve ser feito com a mistura das ervas de manjericão, orégano e alecrim. Deve ser feito macerando-se as ervas e depois coando com uma peneira, utilizando-se a essência das ervas onde será adicionado álcool. O terceiro pote (pedra amarela) é o da prosperidade e deve ser feito com a mistura das ervas de manjericão, trevo e flor de jasmim-manga. Deve ser feito macerando-se as ervas e depois coando com uma peneira, utilizando-se a essência das ervas onde será adicionado álcool. VIVÊNCIA 9 – VIVÊNCIA FILTRO SOLAR – ORIXÁ OXALÁ Imagem 20 – Painel em óleo sobre tela e colagem de guardanapo de papel e pintura a óleo sobre tela criados pelo cliente após assistir ao vídeo Filtro Solar. ORIXÁ OXALÁ Psiquê dos filhos de Oxalá “A calma é reinante nos filhos de Oxalá, mas devemos observar que as características de Oxaguiã e Oxalufã são, geralmente, bem diferentes. Entretanto, ambos são Oxalás e, consequentemente, tem algo em comum em seu temperamento. A formação da personalidade dos filhos de Oxaguiã e Oxalufã, na verdade, começa na infância, da mesma maneira, diversificando-se e fixando-se com o passar do tempo. Algumas formas de comportamentos destes dois tipos de Oxalás são muito parecidas, mais pesquisando mais a fundo, verificamos que são até mesmo antagônicas. Exemplo disso é que algumas qualidades de Oxaguiã são fundamentadas com Ogum, Oxossi, Ogunedé e Oxum, fazendo destes que são regidos pessoas mais ativas, animadas, extrovertidas. Algumas qualidades de Oxalufã são fundamentadas como Omolu, Nanã e Iemanjá, fazendo dos regidos por este Orixá pessoas mais calmas, introvertidas, pensativas e até mesmo lentas”. (BARCELLOS, Mário César, 1997, p 67). SENSIBILIZAÇÃO O procedimento de sensibilização foi elaborado com a apresentação do vídeo Filtro Solar narrado pelo apresentador Pedro Bial. O vídeo foi escolhido pois motiva a pessoa a repensar o seu momento de vida seja ele qual for e sentir que ainda há tempo para mudar. Uma frase é muito interessante no vídeo e despertou a atenção do cliente “conheço pessoas com 40 anos de idade que ainda não decidiram o que fazer da vida”. CRIAÇÃO DO PAINÉL O painel de 40x40 cm é foi utilizado para pintura em óleo sobre tela em tons de azul e laranja e uma folha de guardanapo de papel com a figura de um girassol colado ao centro. Para o cliente simbolizou o renascer para novas possibilidades em sua vida. O nascer do sol representando o nascer para um novo dia repleto de possibilidades em todas as áreas de sua vida. O sol colado em diagonal simboliza que ele está girando dentro do painel quadrado, formando um círculo, uma mandala, atingindo assim todos os aspectos que dizem respeito a sua vida, personalidade, possibilidades e futuro. VIVÊNCIA 10 – PROJETO E EXECUÇÃO DE UM ORQUIDÁRIO SENSIBILIZAÇÃO A sensibilização para o projeto do orquidário foi feita através de diversas consultas à revista A Natureza, específica em paisagismo, buscando projetos de orquidários para servirem como modelos ao projeto a ser criado. Materiais utilizados : toras de eucalipto, caibros de madeira, ripas de madeira, tábuas de madeira, sombrite, ripado com treliças de madeira. Após as vivências anteriores o cliente sentiu a necessidade de produzir algo prático em relação ao paisagismo. Neste caso, há um espaço em frente a minha casa onde há um mosaico de 3,00x2,50 m com a imagem de Jesus Cristo e um Anjo feito em cerâmica. Eu sempre tive a vontade de fazer naquele espaço um orquidário, então propus ao cliente que construíssemos um orquidário naquele espaço tendo em vista que tenho diversos tipos de orquídeas no jardim de inverno da minha casa e gostaria de separá-las num espaço mais propício. O cliente adorou a ideia, então criou o projeto e contratei um carpinteiro para a construção do orquidário como pode ser observado nas imagens. O cliente ficou responsável pela parte prática de produção dos vasos de mudas de orquídeas e bromélias para compor o orquidário, além de planejar todo o lay-out do ambiente. Concluindo, ficou um ambiente muito interessante, repleto de orquídeas, bromélias, xaxins e demais espécies nativas da mata atlântica. Imagem 21– Construção e ambientação do orquidário criado pelo cliente. VIVÊNCIA 11 – CRIAÇÃO DE UMA FONTE – ORIXÁ OXUM SENSIBILIZAÇÃO A sensibilização para a vivência “Criação de uma fonte – Orixá Oxum” foi feita com o vídeo É D ‘Oxum – Autor: Vander Lee, conforme letra descrita na vivência 12. ORIXÁ OXUM Psiquê dos filhos de Oxum “Pensativos, elegantes, charmosos, atenciosos, trabalhadores, feiticeiros, espertos, os filhos de Oxum tem um quê doce no olhar. São pessoas extremamente sensíveis e de choro muito fácil, dóceis, amáveis, carinhosas, sequiosas de amor, justiça e paz interior”.(BARCELLOS, Mário César, 1997, p 67). Imagem 22 – Fonte em vaso de cerâmica e planta mini-papiro. VIVÊNCIA 12 – WORKSHOP A VILA DE PARANAPIACABA – ORIXÁ OXUM ORIXÁ OXUM Psiquê dos filhos de Oxum “Pensativos, elegantes, charmosos, atenciosos, trabalhadores, feiticeiros, espertos, os filhos de Oxum tem um quê doce no olhar. São pessoas extremamente sensíveis e de choro muito fácil, dóceis, amáveis, carinhosas, sequiosas de amor, justiça e paz interior”.(BARCELLOS, Mário César, 1997, p 67). SENSIBILIZAÇÃO Vídeo: É D ‘Oxum – Autor: Vander Lee. Nessa cidade todo mundo é d'oxum Homem, menino, menina mulher Toda essa gente irradia a magia Presente na água doce Presente na água salgada e toda cidade brilha Presente na água doce Presente na água salgada e toda cidade brilha Seja tenente ou filho de pescador Ou importante desembargador Se dar presente é tudo uma coisa só A força que mora n água Não faz distinção de cor E toda cidade é d'oxum A força que mora n água Não faz distinção de cor E toda cidade é d'oxum É d'oxum , é d'oxum ô, é d'oxum REFRAO Eu vou navegar Eu vou navegar nas ondas do mar eu vou Navegar, eu vou navegar Eu vou navegar nas ondas do mar eu vou Navegar, eu vou navegar Eu vou navegar nas ondas do mar eu vou Navegar, eu vou navegar, é d'oxum Seja tenente ou filho de pescador Ou importante desembargador Se dar presente é tudo uma coisa só A força que mora n água Não faz distinção de cor E toda cidade é d'oxum A força que mora n água Não faz distinção de cor E toda cidade é d'oxum É d'oxum, é d'oxum ô, é d'oxum WORKSHOP A VILA DE PARANAPIACABA O Workshop a Vila de Paranapiacaba, Município de Santo André foi escolhido pelo Arteterapêuta por ser um lugar propício para explorar as possibilidades de exemplificação de como se trabalhar o macro-paisagismo. Paranapiacaba está situada no topo da Serra do Mar, de onde se é possível avistar a Baixada Santista, é repleta de rios e cachoeiras, além de possuir mata atlântica nativa e exuberante. Durante o percurso de carro fomos ouvindo a música é D’Oxum de Vander Lee como um processo de sensibilização. Paranapiacaba é uma Vila de características inglesas com casas de madeira feitas pelos ingleses que vieram para construir a ferrovia e criam um belo contraste com a paisagem. O objetivo principal do workshop foi sensibilizar o cliente da responsabilidade de intervir numa paisagem como esta, pois há de se considerar uma série de condicionantes desde quando recria-se o jardim de uma residência ou quando planeja-se uma praça pública, pois a paisagem deve ser vista como um todo, ela é tridimensional e deve considerar todos os elementos que a compõe, desde os elementos da natureza até os detalhes construtivos das habitações que compõe o seu entorno, detalhes de equipamentos urbanos como postes, bancos, lixeiras, cores, entre outros. Imagem 23 – Vista da Vila de Paranapiacaba. 4. CONCLUSÃO Desde o início quando fizemos a entrevista com o cliente e a realização da primeira vivência, percebemos que houve afinidade na formação de vínculo e aceitação pela mitologia africana como meio de acesso ao inconsciente e expressão criativa do cliente. O cliente expressava sempre com muita intensidade o desejo de não seguir a carreira de advogado e iniciar uma nova profissão, a de paisagista. No início não acreditei muito que isso pudesse ocorrer no final das oficinas arteterapêuticas pelo antagonismo das profissões, mas nunca disse isso ao cliente, ao contrário, planejei as vivências de modo que ele vivenciasse a profissão de paisagista de forma experimental, dando a ele a oportunidade de se expressar artisticamente e aplicar na prática atividades relacionadas ao paisagismo como pode ser observado nesta pesquisa. E a cada vivência aplicada o cliente encantava-se mais com o paisagismo, na verdade foi um trabalho de transformação da personalidade, mudanças foram ocorrendo, pois o cliente relatava que após a Arteterapia sentia-se mais livre, menos extressado e sem ansiedade, sentimentos estes que lhes sufocavam na profissão de advogado. E a grande transformação ocorreu, hoje o cliente já planeja e executa projetos de paisagismo residencial e em Agosto de 2012 matriculou-se no curso de pós-graduação em Arquitetura da Paisagem no Senac Santa Cecília em São Paulo. Parou de exercer a advocacia definitivamente, dedicando-se inteiramente ao paisagismo. Conforme relatado no depoimento do cliente no início desta pesquisa, a Arteterapia foi fundamental para a transição de advogado para paisagista. 5. BIBLIOGRAFIA A Prática da Arteterapia Autora: Patrícia Pinna Bernardo Editado pela autora (2009) Os Orixás e a Personalidade Humana Autor: Mario Cesar Barcellos Editora Pallas (2010) Ori Axé A Dimensão Arquetípica dos Orixás Autor: José Jorge de Morais Zacharias Editora Vetor (1998) O Poder do Jardim Autor: Roberto Araújo Editora Europa (2011) Os Orixás na Umbanda e no Candomblé Autores: Diamantino Fernandes Trindade Ronaldo Antonio Linares Wagner Veneziani Costa Editora Madras (2010) Guia Prático da Nova Ortografia Autores: Maurício Silva Elenice Alves da Costa Editora Contexto (2011)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Workshop Mandalas e Arteterapia Aplicadas a Mitologia Africana

Workshop Mandala e Arteterapia Aplicadas a Mitologia Africana Despertando os potenciais criativos do inconsciente Arteterapia é o termo que designa a utilização de recursos artísticos em contextos terapêuticos e criativos e possibilita o autoconhecimento. É uma fusão de arte e de psicologia. A Arteterapia é um caminho através do qual cada indivíduo pode encontrar possibilidades de expressão, através de técnicas e materiais artísticos, para proċessar, elaborar e redimensionar suas dificuldades na vida. Neste workshop vamos explorar os potenciais criativos do paisagismo através da criação de mandalas utilizando elementos da natureza. Mandalas, Jung e a Psicologia Analítica Um dos maiores estudiosos da história mundial, o suíço Carl Gustav Jung, dedicou boa parte do seu trabalho ao simbolismo da Mandala, lançando inclusive um livro de mesmo nome. Pai da Psicologia Analítica, Jung investigou a fundo a influência das coisas nos seres a ponto de descobrir-se sob a influência do Insconsciente Coletivo. A expressão mandala provém de uma palavra da língua sânscrita, falada na Índia antiga, e significa, literalmente, um círculo, ainda que também (como composto de manda = essência e la = conteúdo) seja entendida como “o que contém a essência” ou “ a esfera da essência” ou ainda “o círculo da essência”. MATERIAIS EXPRESSIVOS Painél para pintura a óleo sobre tela Tecido de juta Cola Cascorex Cola Quente Flores, folhas e sementes secas de diversas cores e texturas Observação: Os alunos poderão trazer materiais relacionados à natureza que desejam ser incorporados na composição da mandala. Observação : Os materiais expressivos serão fornecidos pelo Arteterapeuta. SENSIBILIZAÇÃO A sensibilização antecede todo o processo de vivência expressiva funcionando como elemento de transição e relaxamento entre o consciente e o inconsciente, preparando o indivíduo para o ato da criação, de onde emergem os símbolos, cores, formas e demais elementos expressivos que serão analisados na composição plástica elaborada pelo participante e analisada em conjunto com o grupo e supervisionadas pelo Arteterapeuta. Nesta vivência será utilizado como relaxamento musicoterapia, com músicas com sons da natureza e apropriadas para relaxamento, aromaterapia com velas, incensos e essências. PROCESSO CRIATIVO O Processo Criativo da Mandala será conduzido pelo Arteterapeuta. A criação da mandala será de livre expressão criativa, com os materiais fornecidos, tendo como base o painel de óleo sobre tela colado com juta e elementos expressivos relacionados acima ANÁLISE SIMBÓLICA Após a criação da Mandala, estas serão dispostas em forma de círculo e será conduzido o processo de análise simbólica das Mandalas produzidas. Cada integrante terá a oportunidade de expor os sentimentos e sensações despertadas no momento da criação e o processo de elaboração simbólica com o seu momento de vida, ficando a critério de cada participante o nível de exposição de conteúdos psíquicos a serem explorados, respeitando-se sempre a individualidade de cada um, sendo este processo inteiramente conduzido pelo Arteterapeuta que procederá as interferências necessárias sempre que sentir a necessidade de manter a harmonia no grupo e o respeito pela privacidade de cada participante. TARÔ DE MANDALAS A análise simbólica das Mandalas será feita ainda com o a aplicação do Tarô de Mandalas que será conduzido pelo Arteterapeuta e analisado individualmente para cada Mandala produzida, utilizando-se o método Junguiano. MANDALAS Modelos de mandalas desenvolvidas no Espaço Arteterapêutico Clínica das Artes e Arteterapia Junguiana Imagem 1: Painel para pintura a óleo sobre tela com pintura em argila feita a mão e criação da mandala com sementes de girassol e folhas e flores secas, cordas e sementes e pintura com tinta a óleo. Imagem 2: Painél para pintura a óleo sobre tela forrado com tecido de juta e criação da mandala com sementes, cristais e crucifixo. Imagem 03 – Mandala em base de pedra São Tomé. Composição de mandala com materiais naturais e simbolismo da Mitologia Africana e elementos da natureza. CRONOGRAMA Data de realização do Workshop: 11/11/2012. Endereço: Rua Angelina Bernardes Rigo 214 – Jardim Luso – Ribeirão Pires / SP. Contatos: (11) 7849-6184 / (11) 4828-3726. Email: arquiteto_carlos@hotmail.com http://clinicadasartes.blogspot.com Cronograma de desenvolvimento do Workshop. 9:00 h – aula expositiva 9:30 h – sensibilização 10:00 h – início da criação da mandala 10:30 h – pausa para o café 12:00 h – encerramento da criação da mandala 12:00 h às 13:30 h – almoço 13:30 h – análise da mandala 15:00 h – tarô de mandalas 16:00 h – encerramento. FICHA DE INSCRIÇÃO Nome: Idade: Sexo: Formação: Telefone: Email: Valor do Workshop: R$ 250,00 o pagamento poderá ser feito à vista com 10% de desconto ou em 2 parcelas de R$ 125,00 com vencimento após 30 dias para pagamento da segunda parcela, com cheque nominal a ser entregue no dia do workshop. Para fazer a inscrição deverá ser feito depósito bancário da primeira parcela no valor de R$ 125,00 e enviar por e-mail o comprovante de pagamento juntamente com esta ficha de inscrição preenchida. Dados bancários para depósito da primeira parcela. Nome: Carlos Antonio Loureiro da Silva. CPF 131.409.798-94 Banco do Brasil. Agência 0869-9. Conta corrente 10.629-1 BIOGRAFIA DO AUTOR : LOUREIRO, CARLOS ANTONIO. QUEM SOU EU : “Filho das matas e do mares, amante das árvores, pedras e cachoeiras. Arqueiro de uma flecha só. O universo integra-me ao inconsciente coletivo. O Self conecta-se ao Sagrado sem necessidade de templos de madeira ou de pedra, encontro-me com a natureza como um amante incondicional que me faz sentir vivo “ ! Arquiteto e Urbanista (1995). Pós-Graduado em Arteterapia de Abordagem Junguiana – Universidade Paulista UNIP (2007). Monografia : A Arteterapia no tratamento de pacientes com transtornos mentais. Pós-Graduando em Arteterapia Aplicada às Artes, Saúde, Educação e Organizações – Universidade Paulista – UNIP (2010-2012). ARTIGOS PUBLICADOS NO JORNAL FOLHA DE RIBEIRÃO PIRES. Maçonaria e seus mistérios, o outro lado da luz (01/03/2011). Homem de 200 anos ! Ficção ou realidade ? (12/04/2011). Mitologia Africana, as energias da natureza. (07/06/2011). Conhecimento x Liderança. (27/06/2011). O homem e cidade integrados ao espaço público. (26/09/2011). ARTIGOS PUBLICADOS NO JORNAL MAIS NOTICIAS. Se a vida é uma loucura, faça Arteterapia (2010).

sábado, 5 de maio de 2012

UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP 2012 Disciplina : Arteterapia Aplicada as Organizações e Instituições. Aluno : CARLOS ANTONIO LOUREIRO DA SILVA TÍTULO – ARTETERAPIA APLICADAS NAS EMPRESAS COMO FACILITADORA DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE VÍNCULOS. JUSTIFICATIVA : Percebemos que atualmente nas empresas existe uma resistência a aceitação das propostas de projetos relacionados a ARTETERAPIA atuando diretamente com os grupos de funcionários a partir de uma abordagem dinâmica e terapêutica visando a formação de vínculos contribuindo no processo produtivo da empresa e na qualidade de vida do profissional durante o seu período laborativo. Neste contexto, esta proposta vem introduzir no cenário da empresa a integração entre os funcionários, quebrando a formação de grupos isolados, que não se integram ao todo, que veem a empresa de forma fracionada, não contribuindo para o processo de formação de vínculos e prejudicando diretamente nas relações interpessoais e dinâmicas do ambiente laborativo, e na qualidade do ambiente de trabalho e ainda mais, no resultado final que é o produto produzido pela empresa. OBJETIVO : Este projeto tem por objetivo desenvolver oficinas de Arteterapia na empresa composta por grupos de 12 pessoas de forma a não intervir negativamente no horário de produção do trabalho, este assunto será melhor detalhado em metodologia, conforme descrito a seguir As oficinas arteterapêuticas sendo subdivididas em grupos temáticos, tem por objetivo a criação de uma dinâmica que envolve todos os funcionários da empresa, desde a copeira até o diretor, o ser humano sendo visto de forma integral, independente de sua formação, raça, cor, ou classe social, considerando-se que dentro da empresa todos tem a sua devida importância e seu papel fundamental deve ser bem desenvolvido para a contribuição na qualidade de um ambiente de trabalho saudável e consequentemente um processo produtivo equilibrado, respeitando-se a individualidade do outro. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA : A proposta é a criação de grupos temáticos que a medida que forem aplicadas as oficinas arteterapêuticas poderão comunicar-se e trocar experiências a respeito das vivências experimentadas formando assim uma teia arteterapêutica, contribuindo para o autoconhecimento, formação de vínculos e crescimento profissional. A pintura feita com todos ao mesmo tempo de forma abstrata libera os sentimentos e sensações, faz com que o grupo se integre, promove a formação de vínculos e quebra tabus e preconceitos existentes entre os funcionários de diversos setores. A primeira vivência será composta por um grupo de 12 pessoas, sendo duas de cada setor da empresa (administrativo, contábil, jurídico, relações humanas, produção, diretoria). A sensibilização será feita com a apresentação do vídeo FILTRO SOLAR narrado pelo jornalista Pedro Bial. Após a sensibilização, estará a disposição do grupo uma painel para pintura em óleo sobre tela de (2.00x1.50) m material para pintura : pincéis, tintas de diversas cores, secante de cobalto, óleo e tinner e panos para limpeza dos pincéis. A proposta é que o grupo faça uma pintura abstrata na tela, deixando fluir os sentimentos e sensações despertados durante a apresentação do vídeo filtro solar. A pintura deverá ser feita em grupo (todos os participantes ao mesmo tempo). RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS : MATERIAIS : 1 Painél para pintura em óleo sobre tela dimensão 2.00x1.50 m. Tintas; Pincéis; Secante de Cobalto; Óleo para pintura. RECURSOS FÍSICOS : 1 notebook 1 data show Vídeo filtro solar narrado por Pedro Bial 12 colchonetes

terça-feira, 1 de maio de 2012

Artigo - Arquitetura e Comunicação Visual em Estâncias Turísticas A paisagem urbana composta por elementos arquitetônicos, paisagísticos, iluminação pública, comunicação visual e outros, deve ser planejada de forma a possibilitar a integração visual entre estes elementos na composição da paisagem. Entretanto, neste caso específico, vamos nos centrar apenas na comunicação visual e suas interfaces com a paisagem urbana. Certamente percebemos, a exemplo de nossa cidade, o que denominamos de poluição visual, ou seja: a comunicação visual (propaganda comercial) atinge dimensões de proporções exageradas, fazendo com que as fachadas das edificações simplesmente desapareçam por trás de placas, cartazes, e outros meios de propaganda, muitas vezes mal projetados esteticamente, um verdadeiro caos de comunicação, tendo como resultado final a perda de identidade visual, arquitetônica e paisagística da cidade como um todo, interferindo na paisagem de nossa Estância Turística. Daí a importância da regulamentação das formas de propagandas comerciais, o que seria o primeiro passo para a definição da paisagem que se pretende criar. Entretanto, precisamos pensar ainda de forma macro, ou seja: a cidade como um todo, a padronização dos passeios públicos, a sinalização turística, a acessibilidade, a padronização de cores, a definição de um partido arquitetônico, paisagístico e urbanístico, entre outros. A cidade precisa ser pensada, planejada, construída e reconstruída de acordo com um plano urbanístico previamente definido, evitando-se a criação de colchas de retalhos urbanos. Precisamos pensar o verde e integrá-lo sempre em todos os elementos de nossa paisagem pois estamos cercados pela Mata Atlântica e pela Represa Billings e não podemos dispensar este grande potencial natural. Ainda há muito o que pensar para que Ribeirão Pires cresça de forma ordenada, respeitando a natureza, sua grande riqueza natural. Carlos Antonio Loureiro Pós-Graduado em Arteterapia de Abordagem Junguiana Pós-Graduando em Arteterapia Aplicada às Artes, Saúde, Educação e Organizações.
Mitologia Africana, as energias da natureza e a mente humana. Artigo publicado no Jornal Folha de Ribeirão Pires. Ao estabelecer o conceito de Mitologia Africana, esclareço que as religiões afro-brasileiras, como : Umbanda e Candomblé, não serão aqui exploradas, referindo-me apenas a essência da Mitologia Africana e suas relações com os Orixás Africanos, as energias da natureza e seus arquétipos, influenciando a mente humana. Observando a natureza, percebemos em seus elementos: água, terra, ar e fogo e fenômenos naturais : tempestades, ventos, raios e trovões a manifestação das energias naturais de nosso Planeta em constante movimento. A Mitologia Africana atribui aos elementos integrantes da natureza, energias despertadas sob a forma de Orixás. Estes responsáveis pelo equilíbrio das energias em nosso planeta, estabelecendo a ordem de um sistema onde o Caos predomina, possibilitando a vida em harmonia na dualidade homem/natureza, sob o domínio do Sagrado, estabelecendo o equilíbrio da Trindade. Orixás Africanos, em sua essência sagrada, manifestam o simbolismo arquetípico, considerando que os pares de Orixás, um feminino e outro masculino: a anima e o animus da Psicologia Analítica, influenciam a mente humana, definindo aspectos da personalidade e seus tipos psicológicos, ou seja : indivíduos de personalidade introvertida ou extrovertida, de tipos psicológicos: intuição, pensamento , sensação e sentimento, estabelecendo a diversidade psíquica do homem. Reconhecemos na diversidade de Orixás da Mitologia Africana, a forma pela qual indiretamente a natureza integra a constituição da personalidade humana, tornando o ser humano “uno” para si mesmo (inconsciente pessoal, ego, self e consciência) e ao mesmo tempo parte integrante do todo “inconsciente coletivo” da humanidade. Este artigo, portanto, revela apenas mais uma das possibilidades da formação da personalidade humana, analisada pela Mitologia Africana de abordagem Junguiana. Carlos Antonio Loureiro Pós Graduado em Arteterapia de Abordagem Junguiana. Pós Graduando em Arteterapia Aplicada às Artes, Saúde, Educação e Organizações.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Artigo : Arteterapia e Arquitetura, Despertando a Criatividade.

O uso da cor na Arquitetura, simboliza o elemento de integração entre a edificação, o paisagismo e o espaço público urbano, harmonia da composição tridimensional, onde o homem é o elemento essencial, tendo em vista que na função de arquiteto, buscamos a fonte inspiradora da criação de nossas composições plásticas, em espaços a serem habitados, contemplados ou vivenciados, atribuição dos arquitetos e urbanistas, profissionais da criação.
O arquiteto, urbanista, paisagista, design de interiores, em seus momentos de criação despertam os arquétipos responsáveis pelas energias criativas habitadas em seu inconsciente pessoal, expressando-se através de seus “croquis” , elementos sagrados do ato da criação, despertam em si mesmo todo o potencial de soluções criativas que transcendem um processo alquímico em realidade ,criando cidades, praças, jardins, residências, objetos, transformando o Caos em Ordem, pensando no bem estar e qualidade de vida do ser humano.
Neste contexto, a Arteterapia de Abordagem Junguiana, fundamentada na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, vem como coadjuvante no processo criativo, fundamental aos arquitetos, possibilitando o despertar de arquétipos da psique, aplicados no desenvolvimento de projetos de arquitetura em todas as suas formas de expressão.
Cabe ao arquiteto a sensibilidade para entender as reais necessidades de seus clientes, sejam eles simplesmente um casal que deseja construir uma residência que futuramente será um lar, ou uma empresa pública que construirá um hospital, um parque temático, uma praça pública. Daí a necessidade de um olhar ampliado sobre a cidade, conhecimento e especialização em arquitetura hospitalar, urbanismo e paisagismo.
Enfim, podemos definir o arquiteto como o criador por excelência, profissional formado para fazer do imaginário a realidade a ser transformada em concreta a ser habitada e utilizada pelo ser- humano sempre considerando todos os fatores técnicos e humanos em perfeita harmonia.
Carlos Antonio Loureiro
Arquiteto e Urbanista
Pós-Graduado em Arteterapia de Abordagem Junguiana

terça-feira, 28 de junho de 2011

Artigo : Conhecimento e Liderança.

Conhecimento x Liderança.
Este artigo aborda aspectos relacionados à gestão de projetos e pessoas, caminhos para o sucesso fundamentados no conhecimento e capacidade de liderança dos gestores responsáveis pela implantação de projetos, onde o líder por excelência compartilha conhecimentos, orienta a criação de projetos, resultado da sabedoria que se estabelece entre os membros da equipe, direcionados por um líder competente em sua área de atuação, capaz de reconhecer nas equipes multidisciplinares, não apenas pessoas sobrecarregadas de tarefas impostas pela influência do poder adquirido pelo medo, simbolismo da incompetência do líder, pois somos seres humanos, individualizados, de tipos psicológicos singulares, potenciais distintos, consciência imprescindível a um líder com visão holística conquistar sucesso na gestão de projetos e pessoas.
Entretanto, de fato nem sempre aplica se, em instituições públicas ou privadas, nos deparamos com lideres que usam a máscara do poder protegendo a persona, patologia psíquica, escondem-se atrás de seus paletós, gravatas, papéis e textos multicoloridos, um verdadeiro espetáculo circense, expressão do arquétipo de Clown (palhaço, bobo da corte, bufão) citando Jung, Psicologia Analítica, reflexo de uma estética patética. Percebemos que consideram se iluminados, com idéias e projetos, objetos da criação de uma mente com tendências esquizofrênicas, desenvolvidos sem contestação, após implantados, revelam a personalidade de seu criador, intitulando-se alto executivo e inquestionável.
Por que será que isto acontece? Ouve pouco, fala muito, não tem o hábito de pensar antes de agir, incapacidade de visualização criativa, ou simplesmente ignoram os profissionais competentes em suas áreas de formação, perde-se definitivamente o respeito pelo ser humano. Quem sabe o orgulho, a vaidade e o poder sejam as respostas, para não dizer a prepotência e a necessidade de auto-afirmação, resultante de conteúdos psicológicos reprimidos, que precisam ser compensados.

Carlos Antonio Loureiro
Pós Graduado em Arteterapia de Abordagem Junguiana
Publicado no Jornal Folha de Ribeirão Pires em 28/06/2011.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Artigo: O homem de 200 anos de idade ! ficção científica ou realidade ?

Recentemente, participei de uma aula de filosofia aplicada a Psicologia Junguiana que abordava os aspectos do envelhecimento do ser humano e uma nova realidade existencial, tendo em vista que a expectativa de vida do homem é objeto de estudos da medicina, psicologia, gerontologia e áreas afins, possibilitando ao homem viver até 200 anos de idade. O que nos parece ficção cientifica, já está acontecendo a nivel de pesquisas científicas.
Relacionamos ao corpo humano, possibilidades de criação de órgãos, novos transplantes de alta complexidade, criação de órgãos artificiais não humanos, substituindo a função de órgãos vitais, enfim, o homem poderá ser subdividido em quantas partes forem necessárias e estas substituídas de acordo com suas necessidades de sobrevivência, isso nos parece imagem do inconsciente coletivo manifestando-se de forma surreal, neste caso, cito o filme Avatar como referência.
A nivel psíquico, possibilidade de destruição de memórias indesejáveis, por exemplo : um relacionamento rompido com dor e sofrimento psíquico poderá ser apagado da memória, a outra pessoa simplesmente não existirá em nossa realidade de consciência. Possibilidade de implante de memórias: a depressão e outros transtornos mentais poderão ser curados implantando-se imagens, sentimentos e emoções simbólicas, fazendo com que o ser humano passe a vivenciar uma realidade criada, não verdadeira, fruto da criação de especialistas nas áreas da psique humana.
Dessa forma temos um paradoxo: Estará o ser humano preparado para viver 200 anos de idade? E a sociedade, aceitaria esse novo ser humano? Filosoficamente, se pensarmos que hoje a sociedade não acolhe com qualidade de vida os seus idosos, que o homem de 40 anos de idade é considerado “velho” não sendo aceito no mercado de trabalho. Que os hospitais visivelmente apresentam deficiências físicas, materiais e profissionais para tratamento de seus pacientes. Assim, restam perguntas para reflexões : Qual o sentido de se viver até 200 anos de idade, como seria a qualidade de vida desse novo ser humano, estamos prontos para esta nova realidade ? Reflitam !

Carlos Antonio Loureiro
Pós graduado em Arteterapia de Abordagem Junguiana.
Pós graduando em Arteterapia Aplicada à Saúde, Artes, Educação e Organizações.
e-mail: arquiteto_carlos@hotmail.com

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A dimensão simbólica entre o homem e a paisagem urbana.

O meio ambiente tornou-se recentemente a bandeira de ONGs e instituições que defendem a sobrevivência das espécies em seus reinos. Atitude louvável, porem é necessário transcender os aspectos legais e conscientizar-se que somos parte integrante deste sistema como seres humanos que convivem com a natureza desde os tempos primitivos.
A escala urbana contempla: a escala do automóvel, do ser humano, dos espaços públicos, edificações, águas, constantes em seu plano diretor, entretanto, infelizmente me parece que a escala do automóvel está em primeiro plano e a escala do ser humano encontra-se em segundo plano, a dimensão simbólica da natureza integrada a do ser humano: harmonia com a paisagem, qualidade de vida, lazer, entre outros, está a cada dia mais distante.
As cidades constituídas pela paisagem urbana, que deveriam ser planejadas por arquitetos e urbanistas com formação acadêmica para projetar o espaço livre urbano como um ser vivo, descaracterizam-se com o resultado da criação de uma cidade distorcida e heterogênea, numa composição caótica, a qual defino “colcha de retalhos”. Dessa forma explica-se problemas urbanísticos dentre eles: enchentes, alagamentos, sistema viário caótico, ocupação de áreas de risco, deficiência de estacionamentos, inexistência de acessibilidade, poluição visual, lixo e elementos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos incompatíveis entre si.
Esclareço que esta análise global é fruto de uma consciência ampliada sobre a formação das cidades que foram dando forma a um desenho distorcido, e hoje sofremos as conseqüências como vemos na mídia.
Considero que a cidade ideal não existe, ela é dinâmica e passível de transformações diárias adequando-se ao ser humano e suas expectativas. Esta é apenas uma reflexão, sendo o assunto muito extenso para ser abarcado plenamente em apenas um artigo.